terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ô ESTADOOOOOO!!!!

Uma pequena viagem, na visão de um mapeador, por dentro de um Gigante adormecido...
Nos anos 90 já havia uma mistura de modernidade...
Acima, à esquerda, os revisores, em fase de transição, porém ainda à moda antiga.
à direita e acima, a fotocomposição, saindo do VIP, pra um intermediário, todavia em fase de extinção..Com a chegada do Sistema integrado de Computação, muito setores foram extintos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Ô ESTADOOOOOO!!!!

Memória, fragmentada, de um gigante..
In memória, de uns, vivo nas de outros...
"Trazendo gente mais perto de gente" desde 13 de Maio de 1915, "O ESTADO", original da Ilha de Florianópolis, porém com penetração em todo o Estado de Santa Catarina, reinou entre grandes competidores como: "A Notícia", este com sede em Joinville, e o "Jornal de Santa Catarina", com sede em Blumenau. Um veículo com porte deste não pode, simplesmente, sumir do mapa.
Vivi dentro da redação do " Mais Antigo", como era, carinhosamente, chamado por todos em um período de 15 anos...Conheci, os melhores, profissionais desta, tão intrigante, área...
Profissional de outra área jamais sonhei trabalhar em um Jornal.
Em 1985, havia um mês que deixara de beber. Dependente do álcool, sem crédito na praça..Com pouco estudo. Conhecimento reduzido. Meu compadre, Heron, resolveu apostar na minha sobriedade. Não seria novidade pra ninguém se eu voltasse a ingerir bebida alcoólica..Um dependente está pro álcool como o Porco está pra bosta....
Heron, sem se dar conta estava me jogando dentro de uma fogueira. O sonho de um dependente é trabalhar alcoolizado..De preferência com apoio de todos. Dentro do Jornal O Estado havia um bar para os funcionários fazerem lanches. Até aí, apesar do conforto, tudo bem. Só que o dono, o que explorava o ponto, Seo Hercílio e Dna. Marlene, tinha permissão pra vender bebida alcoólica em horário de trabalho.
Estava entrando em um Paraíso sem poder a comer a maçã...
Não foram raras as vezes em que fui convocado a comparecer nas peixadas, regadas a muita "Birita"( Cervejas, cachaças, vinhos e acompanhantes).
O convite à voltar para bebida estava feito.
Aos 32 para 33, Heron me levou pra trabalhar na diagramação, em um cargo sengundário, o de mapeador. Um espécie de off boy da redação que fazia a ligação com a área industrial.
Este posto me permitiu obter conhecimento geral de um jornal.
Aos 32 anos, não pensava por minha cabeça galgar um posto melhor do que este que me foi oferecido..Com promessas do Heron de me ajudar a alcançar a tão almejada, ao mesmo tempo tão distante, profissão de Diagramador.
Meu primeiro dia dentro das instalção do "Mais Antigo", foi de reconhecimento.
Herom fez questão de me apresentar a todos os funcionários.
Desde da Redação, onde se dá o início do Jornal, até a sala das máquinas, onde fica as rotativas e impressora do Jornal.
Depois de minha apresentação na Redação, onde tive um ótimo acolhimento por parte de todos, imergimos em um longo corredor. Era este o caminho que Jornal seguia depois que saia da Redação.
Lembo-me com carinho e, no dia, com estupefação, de todos os setores percorridos.
A direita, saindo da Redação, ficava a sala de artes.
Herom me falou: " É aqui que ficam os Artistas do Jornal". Era tudo tão novo e estranho.
Dentro desta sala estavam, dezenhando, fazendo as artes do Jornal:
Valmor, Hugo...
À esquerda deste mesmo corredor estava uma saleta onde ficava o responsável pela área industrial, Rogério Junks, mais cinhecido como Dedão.
Frente ao gabinete de Rogério ficavam os reponsáveis em converter as laúdas, digitadas na Redação, num sistema de perfuração em código que seria lido, e, transformado em fotocomposição.
Uma sala com mais de trintas máquinas conversoras do sistema VIP, trabalhavam uma base de sessenta pessoas em turnos diferentes.
Não vou me lembrar do nomes de todos, apesar de ter suas imagens muito vivas em minha mente, porém vou eleger três de seus mais ilustres representantes:
O digitador mais rápido e com menos erros: Valmir.
Um afro descedente, vivia na cola de Valmir, o Valmor. E um terceiro que combinava rapidez e irreverência, Gaisito.
Nesta mesma sala estava situado a "tituleira", responsável em transformar em grandes corpos, ( tamanho que variava de 18 a 74 Picas, medida inglesa), e um grande computador que fazia a corverssão das fitas perfuradas pelos operadores das VIPs, em fotocomposição.
Todo este material ia desembocar numa sala em frente onde estava uma espécia de máquina, gigantesca, de fotografar.
Continuação acima...